Um total de 1836 casas será construído em forma de condomínio aberto no bairro dos Pescadores, zona de expansão da cidade de Maputo, no âmbito de um projecto denominado “Casa Jovem”, promovido pela Fundação Joaquim Chissano.
Foi lançado em Maputo, o projecto está orçado em 100 milhões de dólares norte-americanos, devendo ser desenvolvido em quatro fases distintas, a primeira das quais vai consistir na construção de 352 apartamentos dos tipos I, II, III e IV, o mais pequeno dos quais custará 25 mil dólares norte-americanos ao interessado.
De acordo com os seus mentores, o projecto Casa Jovem tem em vista introduzir um conceito inovador e inclusivo de comunidade habitacional e de serviços em Moçambique, que além da zona residencial prevê áreas comerciais, de lazer, utilidade pública, de escritórios e serviços, entre outras a serem distribuídas de forma moderna e equilibrada ao longo dos 30 hectares de terra disponíveis para o empreendimento.
De acordo com Erik Charas, que procedeu à apresentação do projecto para “casa cheia” no Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano, explicou que a iniciativa espelha a preocupação suscitada pelo crónico problema de habitação no país, tendo assumido, à partida, o compromisso dos mentores de ir para lá das intenções manifestadas pelo discurso e reflectivas em todo o trabalho preparatório que antecedeu o lançamento da iniciativa.
Intervindo na cerimónia de lançamento do projecto, o antigo Presidente da República, Joaquim Chissano, patrono da Fundação que promove a iniciativa, explicou que o envolvimento da sua organização enquadra-se naquilo que é o seu plano estratégico que inclui, entre outras acções, a promoção de iniciativas económicas que propiciem o florescimento de uma classe média moçambicana capaz de assegurar a sustentabilidade do desenvolvimento económico, da paz e da estabilidade nacionais.
“Temos consciência plena de que o problema da habitação é de dimensão nacional, afectando a maioria dos moçambicanos, sobretudo os jovens, razão por que procedemos ao lançamento deste projecto conscientes de estarmos a contribuir para a solução de apenas uma parte do problema, na verdade muito pequena parte de um vasto problema, mas este é apenas o começo da nossa participação, como parceiros, na solução gradual de um problema que afecta a todos”, disse Chissano.
Com uma marca profundamente didáctica, o Presidente da FJC chamou à atenção dos jovens, em particular aqueles que lideram iniciativas empresariais empreendedoras, no sentido de se preocuparem mais em passar aos seus potenciais clientes uma mensagem de segurança e seriedade nas suas intenções que, segundo disse, podem ser beliscadas por uma simples carta, redigida com erros ortográficos ou de construção frásica.
Fonte: Notícias